Pobreza, família, dever
“O Gebo e a Sombra”, o mais recente trabalho de Manoel de Oliveira, foi apresentado pela primeira vez no Festival de Veneza e depois em Paris, onde a Cinemateca Francesa organiza uma retrospectiva integral da obra do cineasta português, que começou no passado dia 6 de Setembro e terminará no dia 22 de Outubro.
Entre nós, o filme teve a sua antestreia nacional no Palácio de S. Bento, no dia 19 de Setembro, numa homenagem que a Assembleia da República prestou ao realizador, que esteve presente apesar dos seus 103 anos de idade, e que assinalou também a abertura do novo ano parlamentar. O espaço encheu-se com as cerca de duzentas pessoas onde se incluíam, para além da Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, alguns deputados e actores, vários jovens curiosos em relação a um dos maiores vultos do cinema mundial.
Baseado numa peça de Raul Brandão, de 1923, a história passa-se no século XIX e versa sobre a pobreza, a família e o respectivo sentido de dever e de sacrifício. Manoel de Oliveira afirmou que “apesar de a peça ser do século passado adapta-se facilmente à nossa situação actual, tanto ética como economicamente, sem preconceitos. Pelo contrário, continua a ser contemporânea e universal”.
O elenco é de peso e conta com a participação de Claudia Cardinale, Jeanne Moreau, Michael Lonsdale, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra e do neto do realizador, Ricardo Trêpa. A realização é sóbria e formal, optando pela alternância de planos e pela ausência de movimento de câmara, fiel a um registo teatral que já marcou outros filmes de Oliveira. Mais uma obra a apreciar, do nosso centenário cineasta que é um dos maiores nomes da sétima arte contemporânea. [publicado na edição desta semana de «O Diabo»]
Entre nós, o filme teve a sua antestreia nacional no Palácio de S. Bento, no dia 19 de Setembro, numa homenagem que a Assembleia da República prestou ao realizador, que esteve presente apesar dos seus 103 anos de idade, e que assinalou também a abertura do novo ano parlamentar. O espaço encheu-se com as cerca de duzentas pessoas onde se incluíam, para além da Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, alguns deputados e actores, vários jovens curiosos em relação a um dos maiores vultos do cinema mundial.
Baseado numa peça de Raul Brandão, de 1923, a história passa-se no século XIX e versa sobre a pobreza, a família e o respectivo sentido de dever e de sacrifício. Manoel de Oliveira afirmou que “apesar de a peça ser do século passado adapta-se facilmente à nossa situação actual, tanto ética como economicamente, sem preconceitos. Pelo contrário, continua a ser contemporânea e universal”.
O elenco é de peso e conta com a participação de Claudia Cardinale, Jeanne Moreau, Michael Lonsdale, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra e do neto do realizador, Ricardo Trêpa. A realização é sóbria e formal, optando pela alternância de planos e pela ausência de movimento de câmara, fiel a um registo teatral que já marcou outros filmes de Oliveira. Mais uma obra a apreciar, do nosso centenário cineasta que é um dos maiores nomes da sétima arte contemporânea. [publicado na edição desta semana de «O Diabo»]
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